quinta-feira, 12 de abril de 2012

Apresentação da Trupe na Mostra Casa Aberta

Luis Fernando Pereira, um dos editores do site Cabine Cultural, escreveu a matéria abaixo falando sobre o primeiro dia da Mostra Casa Aberta - Festival internacional VIVAdança, e nesta matéria ele fala também sobre a apresentação da Trupe Mandhala, solo de Lyara Brito. Confiram!
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Festival Vivadança – Mostra Casa 
Aberta (Dia Um)



Posted by  in Festival VivadançaLuis Fernando Pereira


A Mostra Casa Aberta, espaço que o VIVADANÇA Festival Internacional destina, já há cinco anos, para apresentações dos mais diferentes estilos, e com no máximo dez minutos de duração, vem desde o dia 10 de abril (terça-feira) atraindo as atenções de todos os admiradores da dança em Salvador. Isso por conta de uma variedade de propostas das apresentações, mas também pela possibilidade que o espectador tem de se deparar com alguma grande surpresa, com alguma performance que acaba chamando mais atenção que as demais. Foi o que aconteceu no primeiro dia da mostra, que contou com mais de 15 apresentações oriundas dos mais diversos grupos (escolas, academias, companhias) de dança, mas que teve em alguns os grandes destaques da noite.

Dentro de uma perspectiva emotiva, fica a menção para o espetáculo Arlequins, da Escola de Ballet ETUDES. Foram alguns minutos de muita emoção tanto para a plateia quanto para os familiares e professores do projeto, que é desenvolvido com jovens (todos ou alguns) possuidores de necessidades especiais. O perfeccionismo aqui deu lugar para a pura e simples alegria e vontade de se expressar através dos movimentos do corpo. Era perceptível nas suas expressões que todos ali estavam vivenciando algo de extremo prazer, e essa energia se externou ao público, que conseguiu enxergar uma beleza genuína, daquelas que é bonita de se ver, daquelas que faz refletir e contemplar.


Já pensando em um viés mais técnico e plástico, um dos grandes destaques da noite ficou por conta do espetáculo solo Charleston Fusion, desenvolvido por Antonia Lyara Brito, integrante da Trupe Mandhala, e que tem direção de Viviane Macedo. Sua apresentação, regada com referências do cinema mudo, prezou pela simpatia, principalmente no seu trabalho de expressão, e pela plasticidade de seus movimentos, aliado ao interessante trabalho de figurino proposto por ela.

Segundo Antonia, a ideia do tema da coreografia veio através da professora Mitsuyana Matsuno, que queria homenagear as evoluções femininas ao longo dos anos para o festival anual do CUCA, na cidade de Feira de Santana (BA). A partir daí, Antonia, inspirada nos anos 20, montou a coreografia com uma pequena história de uma jovem entusiasmada com as possibilidades amorosas que encontra pelo caminho, onde decide chamar atenção através da sua dança, embalada pelo Charleston, misturando assim a dança do ventre com movimentos habilidosos de tornozelos e interpretações cênicas.

Seu trabalho com o Charleston, diga-se de passagem, foi um dos pontos altos de sua apresentação de terça no Teatro Vila Velha. Para quem não conhece essa dança, ela se caracteriza pelo uso de movimentos dos braços e projeções rápidas dos pés. Nascida nos anos vinte, no sul dos Estados Unidos, ela possui uma história das mais interessantes e emblemáticas.

A Mostra Casa Aberta ainda tem apresentações hoje (quinta-feira), às 19:30, no Teatro Vila Velha, com ingressos custando R$ 10 a inteira.

Mais informações sobre o VIVADANÇA Festival Internacional 

Cristiana de Oliveira, uma das editoras do Cabine Cultural, também escreveu sobre o VIVADANÇA Festival em sua coluna no jornal Tribuna da Bahia
Só clicar aqui http://bit.ly/HtWbII e ler o texto.

*Fotos de João Milet Meirelles

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