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Festival Vivadança – Mostra Casa
Aberta (Dia Um)
A Mostra Casa Aberta, espaço que o VIVADANÇA
Festival Internacional destina, já há cinco anos, para apresentações dos
mais diferentes estilos, e com no máximo dez minutos de duração, vem desde o dia
10 de abril (terça-feira) atraindo as atenções de todos os admiradores da dança
em Salvador. Isso por conta de uma variedade de propostas das apresentações, mas
também pela possibilidade que o espectador tem de se deparar com alguma grande
surpresa, com alguma performance que acaba chamando mais atenção que as demais.
Foi o que aconteceu no primeiro dia da mostra, que
contou com mais de 15 apresentações oriundas dos mais diversos grupos (escolas,
academias, companhias) de dança, mas que teve em alguns os grandes destaques da
noite.
Dentro de uma perspectiva emotiva, fica a menção
para o espetáculo Arlequins, da Escola de Ballet ETUDES. Foram
alguns minutos de muita emoção tanto para a plateia quanto para os familiares e
professores do projeto, que é desenvolvido com jovens (todos ou alguns)
possuidores de necessidades especiais. O perfeccionismo aqui deu lugar para a
pura e simples alegria e vontade de se expressar através dos movimentos do
corpo. Era perceptível nas suas expressões que todos ali estavam vivenciando
algo de extremo prazer, e essa energia se externou ao público, que conseguiu
enxergar uma beleza genuína, daquelas que é bonita de se ver, daquelas que faz
refletir e contemplar.
Já pensando em um viés mais técnico e plástico, um dos
grandes destaques da noite ficou por conta do espetáculo solo Charleston
Fusion, desenvolvido por Antonia Lyara Brito, integrante
da Trupe Mandhala, e que tem direção de Viviane Macedo. Sua
apresentação, regada com referências do cinema mudo, prezou pela simpatia,
principalmente no seu trabalho de expressão, e pela plasticidade de seus
movimentos, aliado ao interessante trabalho de figurino proposto por ela.
Segundo Antonia, a ideia do tema da coreografia
veio através da professora Mitsuyana Matsuno, que queria homenagear as evoluções
femininas ao longo dos anos para o festival anual do CUCA, na cidade de Feira de
Santana (BA). A partir daí, Antonia, inspirada nos anos 20, montou a coreografia
com uma pequena história de uma jovem entusiasmada com as possibilidades
amorosas que encontra pelo caminho, onde decide chamar atenção através da sua
dança, embalada pelo Charleston, misturando assim a dança do ventre com
movimentos habilidosos de tornozelos e interpretações cênicas.
Seu trabalho com o Charleston, diga-se
de passagem, foi um dos pontos altos de sua apresentação de terça no Teatro
Vila Velha. Para quem não conhece essa dança, ela se caracteriza pelo uso
de movimentos dos braços e projeções rápidas dos pés. Nascida nos anos vinte, no
sul dos Estados Unidos, ela possui uma história das mais interessantes e
emblemáticas.
A Mostra Casa Aberta ainda tem
apresentações hoje (quinta-feira), às 19:30,
no Teatro Vila Velha, com ingressos custando R$ 10 a
inteira.
Mais informações sobre o VIVADANÇA Festival
Internacional
Cristiana de Oliveira,
uma das editoras do Cabine Cultural, também escreveu
sobre o VIVADANÇA Festival em sua coluna no jornal Tribuna da
Bahia.
Só clicar aqui http://bit.ly/HtWbII e ler o texto.
*Fotos de João Milet Meirelles
Muito Bom!
ResponderExcluirParabéns a talentosa Lyara Brito!!!
\o/