O evento Dança em Conexão Bahia Europa aconteceu em Salvador, no dia 25 de Janeiro e contou com workshops das bailarinas Sarah Chebaro (Bélgica) e Hilde Cannoodt (Inglaterra). O evento foi produzido e realizado pela Bailarina e professora de Dança do Ventre e Tribal, Bela Saffe, sendo que os workshops aconteceram na Escola de Dança Etudes.
Sarah Chebaro (Bélgica) |
A primeira aula do dia foi com a professora Sarah Chebaro, que trouxe como tema “Fusão Cigana”. Cheguei alguns minutos atrasada no work e confesso que no início achei que a aula teria um ritmo mais lento e com poucas novidades para mim. Ledo engano. Sarah trabalhou em sua aula tanto a força quanto a postura da dança Flamenca. A dança Flamenca é uma das danças que mais influenciaram na formação da Dança Tribal (vide as posições de braço que usamos no ATS e os floreios que deixam os movimentos ainda mais bonitos), porém atualmente, tendo em vista a existência de inúmeras fusões e hibridações, nem toda bailarina traz essa referência como uma presença forte na sua fusão. Creio que esse tenha sido um dos motivos para que eu tenha gostado tanto deste work, pois a Sarah trouxe alguns passos que para mim foram novos. Muitos dos passos trabalhados foram adaptados (fusionados) a partir de movimentações da dança Flamenca e da dança cigana, e o resultado final foi extremamente interessante. Foi realmente inspirador ver a energia com a qual ela dança. Essa com certeza é uma característica que gostaria de agregar à minha dança.
Hilde Cannoodt (UK) |
Após o work da Sarah, foi a vez da professora Hilde Cannoodt assumir o posto. O tema do work da Hilde foi “Ondulações, Shimmies e camadas”. Essa não foi a primeira vez que fiz aulas com a Hilde. Em 2013 tive a oportunidade de ter aulas com ela em um evento produzido por Joline Andrade, o Dramofone. Particularmente me agrada muito a maneira da Hilde dar aulas: gosto muito da preocupação que ela tem em limpar os movimentos e trabalhar algumas técnicas, que no meu ver são de suma importância para o desenvolvimento da bailarina. Nesse work não foi diferente, trabalhamos técnicas de shimmies que muito são usadas pelas bailarinas de tribal e que permitem contrapor de maneira fluida movimentações que mesclam shimmies e ondulações.
Infelizmente as aulas tiveram a duração de duas horas e me deixaram com a sensação de “quero mais”. Já participei de muitos workshops e creio que nesse formato, funcionam mais as aulas com duração de no mínimo três horas, entretanto, independente da duração das aulas, o mais importante ao participar de aulas no formato de workshops é anotar tudo que é trabalhado na sala, e se possível gravar sequências e passos, a fim de que o estudo possa ser continuado dentro de sua rotina de aulas e ensaios.
Resenha por Viviane Macedo*
*Viviane Macedo é bailarina e professora de Dança do Ventre e Tribal. É uma das integrantes da Trupe Mandhala, grupo de Dança Étnica
Esta resenha foi escrita para o blog Aerith Tribal Fusion, para a seção Resenhando - Região Nordeste
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